Quentin Tarantino revela o melhor personagem que já escreveu

Por Sam Mangioni - NotíciasPublicado: 31 de agosto de 2023

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Quentin Tarantino é um dos maiores cineastas da história. Seu catálogo inclui alguns dos filmes mais icônicos das últimas três décadas, recebendo inúmeras indicações e prêmios por seu trabalho. De Reservoir Dogs a Era uma vez em Hollywood, ele criou personagens únicos e memoráveis que ainda hoje reinam no topo do zeitgeist cultural. Assim como o desafio de nomear um filho favorito, o diretor revelou o melhor personagem que já escreveu, junto com a história de descobrir o ator ideal para dar vida ao papel. Se você quiser, adivinhe antes de ler abaixo.

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Bastardos Inglórios foi um clássico instantâneo, um sucesso gigante tanto crítica quanto comercialmente. Arrecadou mais de US$ 321 milhões em todo o mundo nas bilheterias, tornando-se o filme de maior bilheteria de Tarantino até Django Livre em 2012.

O filme conta um relato histórico alternativo envolvendo esquemas duplos para eliminar a liderança da Alemanha nazista. Um esquema é orquestrado por Shosanna Dreyfus, uma jovem proprietária de um teatro judeu francês, enquanto o outro é idealizado pelos britânicos, mas executado exclusivamente por um esquadrão de soldados judeus americanos liderados pelo primeiro-tenente Aldo Raine. Enquanto as duas facções operavam secretamente para executar seu esquema aparentemente implausível, um obstáculo surgiu na forma de Hans Landa, um coronel SS designado para caçar a equipe de Raine.

Ao conversar com uma multidão na Cinemateca de Jerusalém, o Screen Daily relatou que Tarantino disse acreditar que Landa é o melhor personagem escrito que ele já criou. “Landa é a melhor personagem que já escrevi e talvez a melhor que escreverei”, disse ele. “Eu não sabia que ele era um gênio linguístico. Ele é provavelmente um dos únicos nazistas na história que falava iídiche perfeitamente.”

Em outra entrevista para a Empire Magazine, ele disse que Landa foi a pessoa mais divertida que já se divertiu escrevendo um personagem. “No minuto em que ele entra em cena, ele a domina”, disse Tarantino. “Todas as coisas em que ele deveria ser bom, ele era muito bom nisso. Descobri que tive uma situação muito interessante com ele, que foi difícil de ter com qualquer outro personagem. Foi o fato de que ele não era apenas um cara mau, não apenas um nazista, mas um nazista conhecido como o Caçador de Judeus, que está encontrando judeus e os enviando para o campo de concentração, mas quando ele aparece no final do filme, meio que para descobrir o que os Bastardos estão fazendo, o público quer que ele o faça.”

“Eles não estão torcendo por ele, mas é um filme foda, e se ele descobrir, será um filme mais emocionante!” Tarantino continuou. “Sabe, você não quer que ele te decepcione. Estabelecemos que ele conheça os segredos de todo mundo, então ele precisa conhecer os deles. E o clímax será mais emocionante se ele o fizer.”

Surpreendentemente, Tarantino revelou que o filme estava prestes a ser colocado em segundo plano porque ele não conseguiu encontrar ninguém à altura da tarefa de interpretar Landa. “Eu estava ficando preocupado”, disse Tarantino. “A menos que eu encontrasse a Landa perfeita, eu iria retirar o filme. Eu me dei mais uma semana e então desligaria. Então Christoph Waltz entrou e ficou óbvio que ele era o cara; ele poderia fazer tudo. Ele foi incrível, ele nos devolveu nosso filme.”

Aproveitando a oportunidade, a atuação do austríaco lhe renderia o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

Infelizmente para os fãs, Tarantino mencionou consistentemente seu plano de 10 filmes e mais. Falando ao Deadline em 2014, ele afirmou: “Gosto de deixar uma filmografia de 10 filmes, então tenho mais dois para fazer depois disso. Não está gravado em pedra, mas esse é o plano. Se eu chegar ao décimo, fizer um bom trabalho e não estragar tudo, bem, parece uma boa maneira de encerrar a velha carreira. Se mais tarde eu encontrar um bom filme, não deixarei de fazê-lo só porque disse que não faria. Mas 10 e pronto, deixando-os querendo mais – parece certo.”